Elon Musk instaurou um novo processo contra a OpenAI e os co-fundadores Sam Altman e Greg Brockman, depois de ter desistido de um processo semelhante no início deste ano.
A nova ação judicial, intentada num tribunal federal californiano ao abrigo da Lei sobre as Organizações Corruptas e Influenciadas pela Extorsão, é substancialmente mais longa, com 15 acusações em vez das 5 da o fato original.
A nova queixa alega novamente que a procura de lucro por parte da OpenAI viola o contrato que Musk, Altman e Brockman tinham quando fundaram a empresa. A nova equipa jurídica de Musk alega também que Musk foi intencionalmente induzido em erro para apoiar a empresa.
O ficheiro O preâmbulo afirma: "O caso de Elon Musk contra Sam Altman e a OpenAI é uma história exemplar de altruísmo versus ganância. Altman, em conjunto com outros arguidos, cortejou e enganou intencionalmente Musk, aproveitando-se da preocupação humanitária de Musk sobre os perigos existenciais colocados pela inteligência artificial".
Musk diz que Altman lhe vendeu a ideia de uma empresa de IA sem fins lucrativos que atraísse cientistas de topo que partilhassem a sua visão de partilhar a tecnologia para benefício da humanidade. Alegadamente, Altman disse a Musk que a OpenAI seria "um contrapeso significativo à DeepMind da Google na corrida à Inteligência Artificial Geral".
Quando a Microsoft se tornou o maior investidor da OpenAI e a OpenAI procurou lucrar com os seus modelos fechados de IA proprietária, Musk diz que ficou claro que tinha sido enganado.
Depois de investir dezenas de milhões de dólares e muito tempo, e de recrutar cientistas de topo para a OpenAI, o processo diz que "Musk e o objetivo homónimo da organização sem fins lucrativos foram traídos por Altman e pelos seus cúmplices. A perfídia e o engano são de proporções shakespearianas".
A ação judicial alega que a procura de lucro por parte da OpenAI levou a empresa a atingir uma avaliação de $100B e Musk pretende "despojar os Réus dos seus ganhos ilícitos".
Como pano de fundo para o processo, o documento diz que Musk há muito se preocupa com a ameaça existencial que a IA representa para a humanidade, enquanto empresas como a OpenAI e o Google "a veem como uma fonte de lucro e poder ainda maiores".
A ação judicial dá uma ideia das primeiras conversas entre Musk e Altman. Cita a proposta de Altman de "estruturar a empresa de modo a que a tecnologia pertença ao mundo através de uma espécie de organização sem fins lucrativos, mas que as pessoas que trabalham nela recebam uma compensação semelhante à de uma empresa em fase de arranque se funcionar. Obviamente, cumpriríamos/apoiaríamos agressivamente toda a regulamentação".
Musk afirma que estas discussões iniciais constituem um contrato que não foi cumprido. Se as discussões e os e-mails de Altman constituíram um contrato é uma questão jurídica. A alegação de que a OpenAI procurou obter lucros e não o fez de fonte aberta a sua IA é mais difícil de ignorar.
A OpenAI teve uma semana difícil por outros motivos. O líder de produto Peter Deng deixou a empresa, assim como o cofundador da OpenAI, John Schulman, que se juntou à Anthropic para prosseguir o alinhamento com a IA. Greg Brockman também terá tirado uma licença prolongada.
Isso deixa Altman à frente de uma das empresas de IA mais poderosas do mundo, e Musk diz que está mais interessado no dinheiro do que na segurança da humanidade.